domingo, 17 de abril de 2011

Páscoa sem chocolate

Quando eu era criança,há algumas décadas atrás, minha mãe nos ensinava que a semana da Páscoa era um período de muita reverência, em memória ao sacrifício de Jesus Cristo em favor da humanidade.
A Igreja que frequentávamos, realizava as procissões, muito bonitas e comoventes e eu costumava chorar muito durante a encenação da via Crucis.
Na sexta-feira, o almoço na minha casa era especial; a família se reunia em torno da mesa muito bem servida, e a mamãe nos fazia rezar após nos alimentarmos.
A sobremeza sempre era laranja, pois não se comia doce nesse dia em respeito ao sofrimento de Jesus na cruz.
As crianças evitavam os folguedos, as brincadeiras, numa demonstração de pesar.
Por muitos anos esse ritual se repetiu, e o sentimento ficou guardado em nossos corações, plantando uma fé e o temor a Deus que nenhum de nós se esqueceu.
Não me lembro de comermos chocolate nem em forma de ovo ou de qualquer outra forma. Não sei se por não termos acesso a esses luxos, ou se ainda não era muito difundido esse costume nefasto.
Cresci, mudei de religião, vivenciei outros momentos muito solenes para relembrarmos a Páscoa, com cantatas lindíssimas, na Primeira Igreja Batista do Brasil, e as conferências, as meditações nesse período nos fazia refletir com profundidade na essência desse evento tão significativo para os cristãos.
Que saudade! Já não se pensa a Páscoa como no passado.
Aproveito , portanto, este espaço para convidá-los a parar um pouco, para agradecer a Deus por nos dar o grande prêmio da Salvação, do livramento, do perdão a grande graça garantida por Jesus Cristo, o nosso Redentor.
Que não nos percamos em meio aos coelhos e chocolates,e louvemos a Deus por seu grande amor
Maria do Carmo